15/10/2007

Perícia aponta problemas em freio de carreta

A perícia oficial do caminhão que causou o segundo acidente na BR-282, em que morreram 27 pessoas, apontou problemas no sistema de freio do reboque. A informação foi dada pelo perito Luiz Almir Maran. “As lonas de freio do primeiro eixo estavam em más condições”, disse o perito, que não quis adiantar outras informações. De acordo com mecânicos que auxiliaram na perícia, quando as lonas de freio não estão boas é difícil segurar um caminhão carregado na descida. O perito Luiz Maran disse que no segundo eixo do reboque, as lonas de freio estavam boas. Ele afirma que o trabalho está apenas começando e que dificilmente conseguirá terminar antes de 10 dias. Ele já começou a analisar o tacógrafo, mas o resultado deve sair junto com o laudo da perícia do caminhão. Maran não confirmou que o caminhão estava a mais de 100 quilômetros por hora. O caminhão está sendo periciado em Maravilha (SC).

Motorista é levado para Chapecó
O motorista da carreta que ocasionou o segundo acidente, Rosinei Ferrari, foi transferido nesta segunda-feira (15) do Hospital São José, de Maravilha, para o Hospital Regional do Oeste, em Chapecó (SC). De acordo com o cardiologista e clínico geral do Hospital São José, Evandro Nicola, que cuida de Ferrari desde o acidente, o objetivo foi submetê-lo a um especialista em coluna. Em Chapecó, Ferrari engessou a coluna da cintura até o tórax. Isso porque uma ressonância magnética apontou fratura em cinco vértebras. Ele ficará engessado entre 60 e 90 dias. Ele também teve traumatismo craniano e fratura nas pernas.

Ferrari está internado sob escolta policial e deve ser preso quando tiver alta. Ele disse aos advogados que os freios do caminhão falharam.

Depoimentos das testemunhas
Nesta segunda-feira (15), começaram a ser ouvidas as testemunhas do acidente. O escrivão da Delegacia de Descanso (SC), Cláudio Barp, e o delegado Rudinei Charão Teixeira ouviram três pessoas até o início da tarde, entre eles o bombeiro Juracir Motta, de São Miguel d’Oeste (SC). Barp disse que até agora os depoimentos não acrescentaram novidades ao que já é conhecido. “Muitos só viram quando o caminhão estava chegando e tentaram se salvar”, disse o escrivão. Além dos feridos e dos familiares dos 27 mortos, a Polícia Civil está procurando identificar as testemunhas que pararam no local devido ao primeiro acidente. Os depoimentos serão concentrados em Descanso, Maravilha, São Miguel d’Oeste e São José do Cedro (SC). Também devem ser ouvidas testemunhas em Chapecó, Dionísio Cerqueira (SC) e Romelândia (SC). O delegado de Maravilha, Rodrigo César Barbosa, participou dos interrogatórios e questionou as vítimas se elas também querem processar o motorista do caminhão de Cascavel pelas lesões. Barbosa disse que somente o resultado da perícia vai indicar se houve falha mecânica ou não. Isso será decisivo para o indiciamento ou não do motorista Rosinei Ferrari como culpado pelo segundo acidente.

Seqüência de acidentes
Na noite de terça-feira (9), um caminhão bateu de frente em um ônibus quando tentava fazer uma ultrapassagem. Equipes de resgate trabalhavam no socorro às vítimas da colisão, quando a carreta dirigida por Rosinei Ferrari atropelou bombeiros e destruiu carros da polícia e do resgate. No total, 27 pessoas morreram. Entenda o que aconteceu Rosinei Ferrari disse aos advogados de defesa que o acidente foi causado por uma falha mecânica, que ele acionou os freios e eles não funcionaram. O motorista teve traumatismo craniano, lesão na coluna e fratura nas pernas. Ele está internado sob escolta policial e será preso quando receber alta.

Entenda o que aconteceu
Rosinei Ferrari disse aos advogados de defesa que o acidente foi causado por uma falha mecânica, que ele acionou os freios e eles não funcionaram. O motorista teve traumatismo craniano, lesão na coluna e fratura nas pernas. Ele está internado sob escolta policial e será preso quando receber alta

Fonte: G1