O que você prefere? Um Alemão na mão ou um Grego voando?
Não existe sinal mais claro do fracasso quando se tenta colocar em alguém a culpa por nossos dissabores ou escolhas mal feitas. É choro de perdedor, é espernear de quem não tem coragem suficiente para olhar para si e fazer os devidos questionamentos sobre suas atitudes. É não conseguir se questionar se colocou o chapéu onde sua mão não alcançava, é demonstrar uma total incapacidade de julgar as pessoas por seu caráter e apenas olhá-las com seu invólucro externo. É sentir tanto preconceito que impossibilita um sentimento maior, é se ter em tão alta conta que diminui aqueles que te rodeiam. É fazer julgamentos de valor levando em consideração fatos externos, aparências enganadoras, e, principalmente, escutar os maus conselhos. Na conjugação de todos esses verbos muitas vidas se perdem, muitos propósitos são abandonados no meio do caminho, muitas carreiras interrompidas, diversos caminhos se descruzam. De quem é a culpa? Minha, que não soube olhar ao meu redor e apreciar as pessoas pelo que elas são, que me precipitei em juízos de valor sobre mim e sobre os outros, que me coloquei acima do bem e do mal ou daqueles que reagem às minhas atitudes de maneira humana? Não são raros os casos nas empresas de pessoas que são as eternas injustiçadas, aquelas a quem ninguém dá uma oportunidade, todos são seus algozes, elas são pobres vítimas inocentes. No entanto, se acompanhamos de perto algumas trajetórias profissionais em geral nos depararemos com pessoas que não souberam traçar seus objetivos, que não tomaram em suas mãos as rédeas de seu destino ou, então, fizeram as escolhas que julgaram melhor e elas na verdade não as levaram para o caminho do sucesso. Estamos diante de um impasse, o que nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Ou melhor, quem provocou o meu fracasso? Foram minhas atitudes fracassadas que geraram reação ou foram às reações que geraram meu fracasso? Essa questão não é minha, mas tem gente precisando colocar a mão na consciência e parar de buscar cabelo em pele de ovo. Seria muito mais bacana e inteligente tirar as devidas lições, levantar a cabeça e agir como um homem, no lugar de ficar chorando pelos cantos como uma criança de quem tiraram seu brinquedo preferido.
Fonte: DCPL
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